ACORDA SERVIDOR!
Imagine dois cenários:
A) Um profissional qualificado, que conquistou o emprego porque se preparou muito para isso, conhece profundamente a função, está sempre se aperfeiçoando e ainda trata você como prioridade
B) Um sujeito sem qualificação profissional, que conseguiu um cargo porque é apoiador de determinado político, que não estará preparado, não conhece a função, não vai se aprimorar, não tem compromisso com você e ainda irá repartir parte do salário com o tal político que o indicou.
Qual você prefere que atenda as suas demandas?
Pois é, a não ser que você goste de sofrer, o primeiro cenário parece muito melhor, não é mesmo?
O problema é que a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) do governo Bolsonaro quer trocar todo o cenário 1 pelo cenário 2, acabando com os concursos públicos e facilitando a demissão dos servidores concursados e qualificados para colocar apadrinhados políticos no lugar deles.
No cenário 1, o servidor tem autonomia para fazer aquilo que considera correto. No cenário 2, o apadrinhado terá que seguir estritamente os mandos e desmandos de quem colocou ele no cargo.
No cenário 1, o servidor não se dobra à corrupção. Já no cenário 2, o apadrinhado terá que fazer parte dos esquemas de políticos corruptos (muitos já entram com esse objetivo), caso contrário, será demitido.
Isso por que no cenário 1, a estabilidade dos servidores garante à população que as políticas públicas do Estado serão continuadas e efetivadas pelo tempo em que forem necessárias, seja qual for o governo vigente – já que esses trabalhadores servem ao Estado e ao povo, e não devem favores aos políticos.
Logo, uma proposta como a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que pretende acabar com a estabilidade dos servidores para demiti-los com facilidade, coloca a existência do próprio Estado em risco.
Permitir que a Reforma Administrativa seja aprovada vai desmontar as bases de toda a nossa sociedade.
Valorize o serviço público. É para todos.