#OCUPABRASÍLIA

Brasília 24 maio.

Diretores do Sintramem e do SindservSV, juntos com mais de 100 mil trabalhadores brasileiros, marcharam na esplanada dos ministérios em direção ao congresso nacional para exigirem o fim das reformas da previdência e trabalhista, encaminhadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

Convocados e organizados pelas Centrais Sindicais, trabalhadores de todo território nacional se mobilizaram para o ato denominado “Ocupa Brasília”, que também contou com a participação de muitos outros movimentos da sociedade civil.

Além do fim das reformas, os manifestantes reivindicavam eleições diretas para suceder o fracassado governo de Michel Temer, envolvido em graves denúncias de corrupção.

Os trabalhadores se concentraram nas proximidades do ginásio “Mané Garrincha” e começaram sua caminhada em direção ao Congresso Nacional. Durante o percurso uma barreira de policiais revistavam os manifestantes mas, mesmo assim, a passeata seguia pacificamente.

Nas proximidades da Praça dos Três Poderes, local previamente negociado com as autoridades, estava repleto de policiais, inclusive cavalaria e o pelotão de choque.

Tão logo os carros de som se posicionaram para dar início ao Ato, uma inexplicável ofensiva policial passou lançar sobre os manifestantes bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral e spray de pimenta.

A partir dessa covardia, uma grande confusão tomou conta da praça. Cerca de 40 jovens distribuídos em pequenos grupos, denominados “Black Blocs”, infiltrados no movimento, passaram a reagir aos ataques policiais, devolvendo as bombas em sua direção.

Os ataques policiais foram se intensificando na medida que o comando do movimento pedia trégua aos policiais e orientava os manifestantes a não abandonarem a manifestação.

Como os manifestante não dispersavam, a polícia passou a usar balas de borracha, cavalaria e tropa de choque, além das bombas de gás, aumentando ainda mais confusão. Era possível, nesse momento, identificar claramente a atuação diferenciada de três grupos: Milhares de trabalhadores mobilizados para defender a manutenção dos seus direitos, impedir a tramitação da reforma da previdência e ainda protestar contra um governo ilegítimo e corrupto; menos de uma centena de “Black Blocs”, alheios ao movimento dos trabalhadores, atacavam o patrimônio público sem nenhuma resistência. Mais de um milhar de policiais, fortemente armados, que deveriam atuar na defesa da sociedade, garantir o pleno exercício da cidadania e combater os criminosos, atuavam claramente como escudo do governo corrupto, com o objetivo de impedir a manifestação dos trabalhadores e calar a voz dos manifestantes, deixando os criminosos dentro e fora do governo, livres para continuar dilapidando o patrimônio público.

SINTRAMEM, LUTA E RESISTÊNCIA.

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